Com
nove novelas no currículo em 14 anos de carreira, Juliana Silveira
sempre foi escalada para viver a heroína. Em “Vitória”, da Record, a
atriz ganhou a oportunidade de encarar a primeira vilã de sua trajetória
profissional.
“Não sei se ainda estou
pronta para ser odiada. Para falar a verdade, estou sentindo um enorme
frio na barriga. Esse papel é um desafio. Não só por ser minha primeira
vilã, mas pelo nível de crueldade de seus atos”, contou.
Na
trama assinada por Christianne Fridman, a loira será uma neonazista que
matará gays, negros e nordestinos por puro preconceito. A maldade de
Priscila é tão grande que Juliana sabe que não tem como defender a
personagem – uma mulher culta e bem-sucedida, capaz de fazer coisas que
ninguém imagina.
“Ela é
psicopata. Acho que o que mais irrita a minha personagem é um negro
bem-sucedido. Para ela é uma coisa horrorosa. Ela não gosta nem de
negro, nem de gay, nem de nordestino. Gravamos cenas fortíssimas.”
A
estrela assistiu a muitos filmes e estudou a fundo o assunto para poder
compor a líder de uma das células da organização neonazista. E fez um
alerta contra aqueles que não acreditam na existência de grupos que
seguem a ideologia propagada por Adolf Hitler.
“Eles
existem, inclusive no Brasil. São grupos extremamente organizados, que
quase nunca deixam rastros, formados por pessoas que não levantam
nenhuma suspeita sobre eles. Por isso, é tão difícil identificá-los.”
Juliana
também destacou não acreditar que Priscila se tornará uma vilã popular e
descartou uma possível redenção da jovem, como ocorreu com o papel de
Mateus Solano em “Amor à Vida” – trama da TV Globo que chegou ao fim em
janeiro deste ano.
“A Priscila não é
um Félix. Ela é a vilã e ponto final. O fim dela vai ser triste. Não
existe essa mulher não ser punida. Quero que a novela vá ao ar porque
realmente vou ficar assustada se as pessoas se identificarem com ela.
Não existe perdão para o que ela faz”, opinou.
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